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A importância da ecocardiografia fetal durante a gestação

Você sabia que 10% dos bebes que nascem apresentam algum defeito congênito no Coração? E que estes defeitos cardíacos congênitos estão entre as principais causas de óbito após o nascimento?

Durante o período de gestação onde são formados todos os órgãos e sistemas de um bebê, o órgão com maior chance de ser afetado por alguma má formação é o coração.

Como dissemos a chance de um bebê nascer com alguma alteração cardíaca é de aproximadamente 1% das crianças nascem com alguma alteração na estrutura ou na função do coração.

Por ano, cerca de 28 mil crianças nascidas no Brasil são cardiopatas. Cerca de 23 mil desses bebês necessitam de atendimento diferenciado e de cirurgia cardíaca após o nascimento. Infelizmente menos de 60% destes bebes sequer recebem o tratamento, seja por falta de diagnóstico ou por falta de vagas na rede pública de saúde.

A Ecocardiografia fetal exame realizado por especialista em ecocardiografia pediátrica e fetal é o método de excelência para detectar as anormalidades cardíacas ainda na fase Fetal. Apesar da Ultrasonografia morfológica realizada de rotina durante a gestação, muitos defeitos cardíacos podem passar despercebidos sendo causa de importantes complicações após o nascimento. Desta forma, a Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que o ecocardiograma fetal seja realizado como rotina. Muitos obstetras e serviços de atendimento à gestante incluíram este exame na rotina do pré-natal.

Infelizmente a desinformação sobre a importância deste exame na gestação ainda é algo que tem que ser superado. Se analisarmos os dados do ministério da saúde, podemos observar que estamos diante de uma situação grave já que, nascem todos os dias 77 crianças com cardiopatias, ou seja, três a cada hora e um a cada 20 minutos. O grande problema é que menos de 1% destes casos tem diagnóstico na vida fetal, o que leva a considerável número de óbitos após o nascimento por falta de planejamento.

O diagnóstico intrautero feito através da ecocardiografia fetal, que deve ser realizada idealmente entre a 21o e 30o semana de gestação, favorecerá imensamente a evolução clínica desses bebês, permitindo uma programação do local ideal da idade gestacional e via de parto apropriada. Essas crianças serão atendidas de forma especializada já na sala de parto, antes do agravamento do quadro clínico, promovendo maior chance de sobrevida destes bebês afetados por cardiopatias congênitas graves e potencialmente fatais. Além disso, o diagnóstico pré-natal das cardiopatias congênitas permite o aconselhamento e o preparo emocional da família no que se refere ao planejamento terapêutico e ao prognóstico da doença.